40 Horas na Memória estreia nesta quinta-feira

Há exatamente 50 anos, o Sertão Central do
Rio Grande do Norte vivenciava experiência pioneira na alfabetização de jovens
e adultos, com o Projeto 40 Horas de Angicos, idealizado pelo educador Paulo
Freire, em 1963. Para resgatar essa experiência, a Assessoria de Comunicação da
Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Assecom/Ufersa) produziu o
documentário “40 Horas na Memória: Resgate da Experiência dos Alunos de Paulo
Freire em Angico/RN”.
O documentário tem como protagonistas 19 ex-alunos que vivenciaram
aquela experiência. Hoje, eles já são idosos com idade acima de 70 anos, mas
com uma memória recheada de ensinamento e muita gratidão. O documentário com o
relato desses ex-alunos será lançado na quinta-feira, dia primeiro de agosto,
no campus da Ufersa de Angicos, cidade onde Paulo Freire plantou sementes de
conhecimento.
Os relatos foram filmados durante os meses de fevereiro e março e
o documentário é ambientado nas residências de cada um dos participantes. “É
uma forma de mostrar a realidade atual dessas pessoas, bem como resgatar a
memória desses idosos, por meio da oralidade, após 50 anos dessa experiência
pioneira na área da educação”, ressalta o diretor do documentário, jornalista
Passos Júnior.
Como parte da programação comemorativa em alusão aos 50 anos do
projeto 40 Horas, a Ufersa iniciou neste ano a construção do Memorial Paulo
Freire, erguido dentro da sede da Universidade em Angicos e com previsão de ser
entregue em 2014. O documentário será a primeira peça audiovisual produzida
pela Instituição para o acervo do Memorial.
Além
dos dezenove ex-alunos freireanos, o filme conta ainda com participação
especial do poeta cordelista Hailton Mangabeira, na apresentação, e do músico
Carlos Zens, assinando a trilha sonora do documentário.
Com
mais de sete horas de cenas captadas, o filme mostra o recorte histórico de
como aconteceu e o que representou o projeto na vida dos ex-alunos. “O roteiro
abrange cinco temáticas: o cotidiano de Angicos à época; as aulas e o que foi
estudado; como era Paulo Freire; o que mais marcou essa experiência e, por
último, qual o legado das 40 horas”, explica a jornalista Renata Jaguaribe,
roteirista do documentário.
Com
duração aproximada de 35 minutos, os relatos dos ex-alunos são tomados de muita
emoção e nostalgia. Eles descrevem o contexto social da cidade àquela época,
incluindo a dificuldade social e política em participar do Projeto devido à
realidade vivida com a política no Brasil entre o final dos anos 60 e começo da
década de 1970.
O
documentário tem direção fotográfica de Eduardo Mendonça, edição de Diego
Farias, produção de Amanda Freitas, assistentes de produção, Higo Lima, Vanessa
d’Oliviêr, Valéria Dantas e Cinara Ribeiro.
Fonte: Assessoria de Comunicação UFERSA.
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